Sol
- Há um Sol
- enterra lento,
- Em terra lento
- até podia estar
um anoitecer magnífico,
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Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
um anoitecer magnífico,
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Espero
na estação,
apenas a arrogância da névoa
num atraso celeste
ou infernal?
É longínquo o apito,
chega o ruído sobre mim nos carris,
desacelera, guincha, pára;
um ruído metálico percorre-me,
iça-me para dentro
do Comboio da Não Existência:
na carruagem
nada…
como se um imenso vazio
um buraco tudo sugasse,
e a morte, a própria morte,
oca de si,
me levasse ao colo
rumo à indiferença,
ao desprezo
{de mim mesmo...}.
Arranca, baforando,
não há lugar de chegada,
paragem assobiada,
familiar abraçada,
apenas o nada…
(“Guarda-te de chegares
tão longe que nem
distingas os caminhos,
ou as memórias
dos que te são
queridos.”
Fala de Cristo a Saulo,
em Damasco)
Originalmente publicado, com alterações, na minha página de Instagram (instagram.com)
(Imagem: acervo digital do A.)
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É nessa verticalidade, nesse chão que te foge que apontas ao alto que os ramos exigem mais. Ganhas aos prédios,
o Sol clama por ti
dia após dia,
até as tuas raízes são céu;
apontas sempre tão alto,
ambicionas o véu do templo
erecção madura essa,
atalhas Lua, Marte, Júpiter,
nem voltas, nesse teu ar
de delfim, Roi-Soleil,
com um semi-sorriso
domesticas uma corte,
um núncio apostólico,
um inexistente primeiro-ministro...
Que é feito de ti, cipreste?
Que de tanto cresceres,
foste parar à Corte de Versalhes,
podada duas gerações mais tarde?
(foto do autor)
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o tempo,
eram um sol escuro
que pendia, cambaleava,
que fingia um
acto quente,
luminoso,
cínico numa campanha
pueril na sua vastidão.
Todo o chão
sentava os passos
que, jocosos,
ensaiavam a travessia.
Reflectiam as colunas
a baixeza,
rumando
para o lado em que
aquele sol,
sempre escuro,
amotinava os
ábsides, os cunhais.
Forças ancestrais,
longas, impantes,
preparavam meticulosas,
o fim, todos os fins,
nem carbonizações restariam,
nem arqueólogos aqui viriam
num futuro distante.
Na certeza
de que o luar
seria cavalgado
entre mágoas nas
fissuras instáveis
do Tempo...
#publicado na minha página do Instagram, com adaptações #tempo #colunas
(imzgem: arquivo do autor)
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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."