Dou voz de prisão aos três ou quatro
sentimentos que ofegam por mim acima,
não obedecem e, na tristeza opressiva,
no cachecol vúlvico,
no insulto que paira sobre mim,
nada sobra a não ser a fuga,
o rito,
o grito,
o mito,
o fito longe
jazendo minhas órbitas,
escalpe
e unhas inúteis,
por isso mesmo trasladadas
para a euforia
da passagem, da altercação mansa,
pelo ódio que sempre tive
por esta barca mal aparelhada,
manca, pífia, com que me sempre obrigaram
a fazer as travessias da Vida.
Nem o remo serve para a estocada final,
que me soubesse pôr a milhas da vida.
Nesta Barca de Caronte sou um condenado,
fintando escolhos, sargaços e restos de gente…
Etiquetas: alimento, Bojador/Mensagem? Gargula, Bojador/Mensagem? Busca