Velho guerreiro
Numa pequenez rara,
abissal
Num rasgo de infinita bondade
Elevas o teu sorriso bom, para
Longe do que é efémero
P’ra cá do final desejado.
Antes da fúria
E da danação:
Dos sismos e dos
Orgasmos, do
Instantâneo e do trovão.
Antes que o tempo seja
Dotado de mesquinhez,
Que se alie a ti,
velho guerreiro, nas
Sombras de velhos contos,
De sagas-memórias
Esfumadas,
Trilhos para o esquecimento,
Porque é esse o caminho
De todos os caminhos,
Não busques outro.
Aperto a tua mão,
Velho guerreiro,
E reflicto
-Nos teus olhos
Turvos,
-No teu sorriso
Aberto,
-Na sinceridade
De tuas mãos,
A beleza que ostentas,
Esse manto de arminho,
Que te cobre,
É também real linhagem
Finíssimo tule,
Aristocrática humildade...
Caminho e trilho reais,
Um beija-mão velado
que trouxeste de colónias
e possessões que,
lascivas,
se te entregaram,
na fantasia do espanto:
“Vossa Majestade!
Altíssimo Rei!”
Na Metrópole esquecido,
Velho combatente de
Tua linhagem, de teu
“Pedigree”.
Eternizas-te pela tua
dinastia fora,
Velhos quadros,
Tua face multiplicada/ex-quecida,
Senhor/raiz/centro/epicentro
Dono de um sangue que não definhou.
Etiquetas: a alma, aprumo, descendência, majestade imperial, o receio do séc. XXI