quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

K

Sapiens (?)



Se buscas algo,

se tuas mãos 

descortinam caminhos,

atalhos até,

deixa cair tua angústia,

teu vislumbrar do amanhã.

Nada há para além 

do calendário,

vira a página,

desliza o botão 

digital 

e nada acontece,

o Universo nada deixa acontecer,

somos átomos do não-acontecer,

espíritos alcalinos

de presenças silentes.

O sol nasce e põe-se 

na quietude dos heróis dissipados,

somos uma Terra em que só se dá notícias 

deste Sapiens,

envergonho-me de ser deste caudal

de desastre e impropérios;

talvez sejamos esquecimento num futuro próximo;

talvez quem nos visite se interrogue

acerca duma raça catastrófica

que, sabiamente, soube destruir tudo 

e a si própria enquanto palrava sabiamente:

- de democracia 

- de não repetir erros da história 

- de direitos (?) humanos

- de ecologia

e doutros mísseis altamente destrutivos.


Sinceramente, nunca entenderei a tradução

“Homo Sapiens” para português… 



Etiquetas: , , , ,

2 Comentários:

Anonymous alfacinha disse...

autodestruição pela ganância. Que triste mentalidade
Abraço

sábado, 05 fevereiro, 2022  
Blogger Parapeito disse...

Se a existência do Homo sapiens pode ser medida talvez em 100.000 anos, nossa existência futura poderá ser consideravelmente mais efêmera.
É triste, lamentável a nossa postura.
Gostei do que li.
Brisas doces :

quarta-feira, 27 abril, 2022  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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