quinta-feira, 18 de setembro de 2014

K

p/b





Neste rolo a preto e branco,
nesta roda,
neste claro-escuro,
vou passeando
os restos de mim
que foram sobrando 
pela estrada;
um riso aqui,
um suspiro além,
tudo é pertença do meu coração.
Ainda vejo a tua voz ao longe,
pressinto-te no sorriso 
que fizeste por perder 
entre as ervas daninhas:
a Lua, no entanto,
já nada quer connosco,
somos, pois, contrabandistas,
mercadores de sonhos
sem comprador...

(fonte da imagem: n/a)

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1 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

Mercador de sonhos pelos caminhos da vida...
Um belo poema, Jaime.
Beijo.

quinta-feira, 18 setembro, 2014  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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