Pegasus
Eram os bastidores,
as asas fixas ao solo, vendas grisalhas, na sedução dos ares... Por que não estreitaste o focinho céus acima?
Onde deixaste o enamoramento?
O amor pelo elemento gasoso?
Pela antiga janela por onde espreitam
coisas antigas, velhas e antiquadas,
janela empoeirada longe da vacuidade
dos tempos,
das fraquezas,
da altivez de quem acha que comanda,
de quem pensa que está aos comandos
de algo,
mas de que coisa?
Ah! Esse focinho céus acima!
45o, ou mais, de ataque,
o gosto de ganhar
a Deus, o Seu espaço, o Seu domínio,
guerrilha vectorial, triplo componente.
A altitude é tua amiga,
números embriagantes,
o azul abraça-te,
o lá embaixo diminui
assim, velozmente,
violentamente,
varado num assombro
másculo, mas silente.
do lado de fora:
MIKOYAN GUREVITCH MIG-31
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December 16th, 2022 Page 1 of 1
Etiquetas: a fuga e a partilha, abris, ainda voamos?, apenas, Bojador/Mensagem? Busca
1 Comentários:
Queria ser Pégaso para a altitude ser minha amiga e o azul me abraçar. Um poema lindíssimo.
Que tenha um Natal cheio de amor e conforto. Que o ano de 2023 lhe traga saúde e muita paz.
Um beijo.
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