Tua
Etiquetas: a fuga e a partilha, a luz
Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
Um dia, a história entre fráguas, entre pedaços de esparsas e horizontais memórias intramuros, a ti dedicadas, por onde andará teu pensamento? Sim, na ausência, no entrechoque molecular, na cisão meiótica, numa ligação pressentida, numa falta em presença, nossos braços envolvem-nos intramuros e extramuros e em todo o lugar, onde nós sentirmos a alegria de sermos um do outro. Na razão inversa dos factores numa cadência plena e magnificente.
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Etiquetas: a luz, Bojador/Mensagem?, já foi dito também um dedinho pelo
Azul/laranja,
Despenham-se flocos
Numa queda
Ageométrica,
Sem energia cinética
Formulada.
Não há números,
Letras:
-constantes
-variáveis
Nem as benditas letras gregas
(próximas ainda
Do semi-bárbaro cirílico,
Caríssimos Santos Cirilo
E Metódio, quão distantes estamos
De vós,
E a ousadia de criticamos o vosso alfabeto).
Sim, Lisboa dista a memória
De S. Petersburgo, de Moscovo, da Ekaterinburgo pequena e gigante nas saudades dalguns...
A distância do céu axul-ferrete
Aos telhados laranja
Estica-me o braço esquerdo
Busca em goteira
Pela solidão das chuvas/neves que,
Em tempo,
Se precipitam na abundância
Que só as babushkas abençoam.
#chuva #Moskva #precipitar #Lisboa
Etiquetas: a fuga e a partilha, a luz, ainda voamos? Onde a liberdade?, Lisboa, telhados
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."