margens
a alma voa,
sem rumo,
sem destino, chegada
ou regresso.
O curso dos rios
traz a imagem rude,
disforme,
do corpo em anelos
sinuosos.
Brilha o horizonte tranquilo,
voa, em desvios sonoros,
a alma incerta,
quase discreta.
O corpo queda-se
no rol longo
de uma saída intramuros.
(inspirado no excerto do poema de Wislawa Szymborska "Gente na Ponte", publicado em moriana)
(imagem retirada da net)