quinta-feira, 15 de outubro de 2015

K

Outono, opus 2

As árvores vão-se fechando, o ar amolece, há um sabor a adeus e, nas janelas poeirentas do Verão, há um levíssimo travo a Natal.

(imagem do autor: Caramulinho, num Outono, imediatamente antes das mãos criminosas que trouxeram o fogo e a morte)

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1 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

Muito belo este poema de outono.
Conheci o Caramulinho antes do fogo. Estive lá no cimo...
Um beijo, Jaime.

Quase nunca consigo entrar nos teus comentários, como já te disse...

sexta-feira, 16 outubro, 2015  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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