quinta-feira, 13 de novembro de 2025

K

Gostava

Gostava que a minha morte,

fosse como a vida que me deram:


discreta e despercebida.

Que o depositar dos meus restos,

numa valeta,

fosse um gesto de esquecimento

como tantas vezes, em vida,

me esqueci de mim mesmo.g

Como se o Universo

ao lembrar-se do esquecimento

de quem, em vida,

foi a epítome do grau zero da morte.

(…)

De nada vale ambicionares,

de nada vale teres,

porque nada terás,

e as tuas ambições,

serão fogos fátuos,

vazios e

assustadores

e mais nada do que  isso.

Pensa a tua vida 

como um prazo

a que nem um segundo se acrescenta

e os teus "quereres"

apenas serão esgares trocistas

de deuses embriagados,

de deuses que nem querem saber

se tu és, 

se foste…

ou se alguma vez serás…

  

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sábado, 31 de janeiro de 2015

K

contendo


O lixo.
Sempre lhe parecera um destino miserável.
Sem precisar de se lembrar que é reciclável,
agora.
Toda a vida fora alguém que não se sabia usar.
Melhor, fora alguém que nunca se soube dar uso.
Acima de tudo, fora um inútil para si próprio,
assim mesmo.
Agora que se via, que se avaliava, suspendera-se,
um suspiro frio, como frio era o seu olhar.
Análise bruta, essa. Desapontamento a escorrer.
Saltou para o caixote,
caiu fora dele.

(fonte da 
imagem: n/a)

(publicado
no blogue de Margarida
Fonseca Santos
77 palavras)

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

K

o que carregas


Palavras ecoam,

entre rios,

paredes vagas.

Sorrio-me:

à madrugada

que carregas,

às letras, sintagmas,

Pessoa, é certo.

Tacteias um espaço

escondido nos teus limos,

nesses teus musgos,

que só o Sol sabe.

Ganhaste o tempo, brindou-te o caminho,

o teu canto é a tua paz!!


(inspirado num poema de Helena Domingues)
(imagem retirada da internet)

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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

K
Minha vida vai em dois sacos,
um transporta-me a mim,
o outro leva os meus laços,
nas mãos segue o meu fim.

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue! Sopro Divino

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