domingo, 3 de dezembro de 2023

K

Cresce

 

flores de rua em contraste

Um dia,
uma tarde,
pegarás no teu futuro:
a criança,
teu primeiro amor
inesperado,
por isso imenso,
por isso tua/nossa
vida plantada,
lembrança
deste adeus,
farol
transporte de um nome,
tão depois de por aqui passarmos,
(...)
Vida Bendita,
Céus de Aço,
Marcham abraçando secas, Alvas Almas
em Caminhos que pertencem ainda a Iago,
Santo Súbito de Causas Maiores.
                        Ocasos
                      Ocasos
                    Ocasos 
                  Ocasos
                Ocasos
              Ocasos 

         
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sábado, 27 de abril de 2013

K

é quando as gotas,
frias, redondas
escorrem
suaves
pelo teu ventre,
perlado,
que os meus olhos,
perdidos,
se reencontram
no reflexo dos teus,
espíritos 
de água 
indolente,
dulcíssima,
cristal fugaz...
("Não fujas da doçura ou da beleza.
Sê justo nos teus caminhos,
acarinha o teu tempo. 
E nunca te arrependas das pegadas
que deixaste."

Fala de Platão a Petraeus, 

seu discípulo hoje esquecido)
(fonte da imagem:

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sábado, 21 de agosto de 2010

K

palavras

Se as minhas mãos debulharem as palavras,
espera pelo Outono,
pelos rastos, restos das folhagens,
rojando-se pela terra dormente no seu sonho cavo.
Chegará, então, o tempo da sementeira,
e, logo por entre as papoilas,
as minhas renovadas mãos debulharão
as novas palavras
que os ventos, os pássaros, os arco-íris, as nuvens,
hão-de derramar
- pelas bocas ávidas:
nos campos
de concentração da vergonha;
- pelas bocas ávidas:
das fomes gritadas
nas ruas "cosmopolitas";
- pelas bocas ávidas: 
dos atropelados-desprezados
da "Sociedade".

Na fúria da paisagem rasgada de poentes,
ecoando ao longe o brincar dos meninos,
as minhas pobres mãos
agarram e urdem 
as últimas estrofes,
os últimos andamentos
de um hino-marcha
que arrasta consigo o pó
de quem se não quis vencido.

(fonte da imagem:



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terça-feira, 26 de maio de 2009

K

palavras


Podemos silenciar todas as palavras

porque no nosso peito

elas estão vivas

(Paula Raposo em “As minha romãs”)

Podemos calar todas as armas,
silenciar revoltas,
mas as palavras
sempre ficarão no nosso peito.
Podemos despejar nosso olhar,
noutros olhos,
fechar o que sentimos,
mas as palavras,
essas,
ficarão no nosso peito.
Podemos até fugir,
mudar de terra, de afectos
de nome,
mas as palavras ficarão no nosso peito,
vivas.
Acordam-se os homens,
acorda-se o tempo,
acorda-se a vida,
porque há palavras
que em si trazem sementes de revolta, de mudança, de comunhão.

“No princípio era o Verbo…”

(imagem retirada da net)

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue! Sopro Divino

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