Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
sábado, 24 de maio de 2014
K
Agora
Agora, nasceu o Sol, já as nuvens se esfarriparam para algures, e o vento, (ah o vento!) esse foi-se esmorecendo pelos caminhos do sul. Agora, é o tempo das colheitas, do trigo 'prenho', da claridade e do assalto da alegria. Agora, é o tempo das redes luzentes, faiscantes de vida e de esperança.
Agora, é o meu tempo e o tempo desta terra em que nasci, pai-mãe dos meus sonhos e chão-minha-Pátria, e terra a que chamo Nação! (Foto do autor obtida com telemóvel: Berlenga Grande, Verão 2011) N.A. - "Agora" é também o tempo do texto tosco, previsível
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)