Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
sábado, 3 de junho de 2023
K
Vulpes vulpes
E
As minhas loucuras? Nem sei. Que loucuras terei? Por onde andarão as minhas memórias, Os meus restos de mim? Os meus descarrilamentos, Os meus desaguisados Comigo próprio.. As palhaçadas que me trouxeram Ao planalto da vida (terna).. Caricia de mão feita Luva 🧤 Uva 🍇 Vinho 🍷 Bebedeira 🥃 Loucura 😜 Despejo em ti os grânulos De insanidade Que se desenrolam Cabelos abaixo Num escorrega bipolar Da Primavera ao Inverno.
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)