segunda-feira, 15 de outubro de 2012

K

Cedro

Já esquadrinhaste
os fios tensos
que fazem ser a tua memória?
Que ramos escalaste
para fazeres de uma árvore
madura
a vida que descuidaste?
Na tua rapidez,
os teus cruzaram-se
contigo
em sentido oposto,
e tu, na tua gana,
apontaste o nariz em frente,
furando arbustos e contos.

Hoje, rendes louvor
ao velho, ao sábio cedro;
as tuas mãos engelhadas
abrem-se ao tempo,
à miragem de outros verdes;
os teus olhos rendem-se
aos bailados dos fios tensos,
à luz ridente,
ao afecto
das raízes mergulhadas
nas colinas do Líbano.

(fonte da imagem:
http://www.aliancaaeroporto.com.br/cgi-bin/dados.cgi?TP=SCPAL&AQ=130)

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

K

(...)

caminhei pelo colo da noite
ajeitando o laço da vida oculta,
só encontrei cristais informes
de dias cunhados pelo destino
(imagem retirada da net)

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

K

vagas












Das brumas da minha tarde
volvi aos pássaros
a pique.
O ares estavam secos,
as juras tinham morrido,
infectas,
repousando,
quais estátuas jacentes,
nas lajes de poemas
já comidos pelo tempo.
Ao fundo,
dois castiçais amortecidos
pelas brisas derramadas
em fugas pendentes;
memórias puídas,
que vagos murmúrios
empedravam
no esquecimento da tua pele...

(imagem retirada da net)

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terça-feira, 28 de abril de 2009

K

Um Infante, um Príncipe, um Oceano


A face dura,

plena de si.

O mirante:

a nascente.

A mão rígida,

na outra,

o compasso.

Perfila o mar,
ondas presas

às velas que cria.

Madeirames

arrastados,

à força dum povo

crente.

Os olhos,

escuros

como o mar

sonante.

A cabeça,

os sonhos,
uma visão,

arar as vagas,

matar o medo,

"dilatar um Império",

com a Fé de um Homem!

(imagem retirada da net)


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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

K

terra, ar, fogo, água


Enrolei o mar,

sob os braços;

as narinas imersas

no grito pulsante

da vaga

solta até à Lua.

Águas trémulas,

remoinhos pétreos,

sábios vazios.

(...)

Escalei a montanha,

estendi o mar sobre a relva;

desencontro de longas memórias.

Onde estavam tantos outros?

Para onde a púrpura do poente?

As águas esquecem as fúrias,

em oráculo se quedam...

(...)

Então,

ao leme da alma

ergui-me,

sorrindo à luz, ao calor, ao vento, à bruma

e fui, em passo de pastor,

fruindo a vida...


(inspirado num poema de blindness)
(foto retirada da internet)

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue! Sopro Divino

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