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Kquinta-feira, 28 de agosto de 2014
Koferenda
Etiquetas: escrever a vida, que faço por cá? Vens também? Afectos longínquos
sábado, 11 de julho de 2009
Kmons veneras

Dois corpos,
como duas folhas de árvore
da ciência,
do bem e do mal,
fremitam em compassos binários,
em pausas de suspiro.
Celebra-se um Afecto,
profundo,
que cava mais longe,
mais lá,
do que um simples
e periódico membro.
Sob pulsos arcaicos,
ritmos velhos de alvor,
dois corpos sobem,
num movimento sábio,
arrastante,
num monte,
mais douto
do que aquele de Vénus.
Até a violência é bem-vinda,
acarinhada.
{Um nascente orgasmo espreita}
Por detrás do dilúvio,
jorram as oferendas
a uma deusa pagã,
reinando no templo,
penetrado até ao sacrossanto altar.
(Portalegre, 28/09/1994 às 23h45)
(imagem retirada da net)
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
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Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)