Sombreiam-se-me os olhos:
na noite decadente,
entre espaços lúcidos,
há vergões silenciosos
remoendo memórias
às escondidas da vista;
na tela do passado,
projecta-se o temor:
arrasta-se um regresso
na rispidez do raio;
o nó que me consome,
é meu: criei-o
no tormento de ontem,
no ódio de amanhã,
esquecendo
os tufos serenos que calcorreio;
será,
pois,
na
era
da
redenção
que
estarei
frente
a
frente
no
letargo
que
mereço,
já.
(fonte da imagem:
http://www.getreligion.org/)
Etiquetas: tempo