Regresso.
no reentrar no ancoradouro
das águas afáveis.
Já nem vejo a corda bamba,
o silêncio tornado juiz,
o refluxo distante;
guardo-me das palavras longas,
ditas na farsa acre do tempo;
hoje apenas quero afundar-me
na maresia cálida, acolhedora,
fluxo dorido das eras
em memória de si mesmas (...)
"Guarda as tuas palavras,
torna os teus gestos comedidos,
não vá
o destino enxergar-te
e lançar sobre ti o cárcere,
a infâmia."
(Fala de Dioniso a
Alexandre, o Grande)
(imagem do autor
obtida com telemóvel:
ocaso em S. Martinho
do Porto, 2010)
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