terça-feira, 26 de outubro de 2010

K

queda XII

Uma palavra persigo,
faro em umbigo assente ;
a minha memória
já não regista a gramática,
pois a palavra é poente
entrando pela madrugada;
submerso pelo tempo,
o texto nem busca glossário;

os meus olhos nem sentem
as sobras de tempos vadios;
há frases que buscam os meus dedos,
nada encontram:
encarquilho-me pela fuga do sujeito.

Escrevo,
escrevo o que me ditam os olhos,
cegos da poeira viscosa
que se atravessa pelos corredores do tempo;
as distâncias alteram-se em "vês" de vitória
(ou vitupério);
debruço-me, enfim,
no balcão do devaneio:
o poema cintila,
fresco,
quase vida;
falta ser meu:
em acta lavrada,
papel assinado,
registo, escritura
por meu pulso firmado.
(fonte da imagem:

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

K

rebatem os sinos da liberdade











Por caminhos de ontem,
Os sentidos, tão pardos,
Esquecidos, malditos
Torciam, mas desfraldavam
As ganas de sentir, de poetar!!
Soavam, longe os sinos da liberdade…
(imagem retirada da net)

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue! Sopro Divino

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