Entra e inclina o rosto,
entre a espinha e um esgar;
entra um ar sujo e longe,
entram pinhais esquecidos,
entram restos de si,
entra o caos e o rijo vazio,
entre nunca mais e ontem,
entre a saudade e a fantasia.
Entra, adentra a porta,
entre rasgos e o amanhã
entra o suspiro do nada.
Entra, boca fera embestecida,
entra face vadia,
entra riso esmagado,
entre deixas e restos,
entre cavos bosques e Everestes apenas.
O sol de Inverno mancha a luz sombria que se aquece nas margens. Já não há esgares, a esses, cobriu-os a margem do nada aquecida por aquele sol de Inverno.
Dois pontos - distantes léguas ou milhas ou alforges de silêncio entre si - já não marcam mais planos inclinados entre a espinha e um esgar, entre nunca mais e ontem, entre a saudade e a fantasia, entre rasgos e o amanhã, entre deixas e restos, entre cavos bosques e Everestes apenas;
entretanto, apenas...
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