Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
segunda-feira, 4 de março de 2013
K
auto-guerrilha
Sabe-me a sal esta tristeza, dissolvida em lágrimas, entre sombras. Há um véu, um cão negro que me segue. Os sons são ruídos, os sorrisos, esgares. Também me ataco, num confronto repisado, os braços como canhões em roda viva. Cansaço... é neste morticínio, neste leva e traz que a minha mente se deleita, que cubro os meus olhos, o cão negro ao colo, uma moleza resignada, um sorriso esbatido... ( fonte da imagem: http://surrealismo.blogspot.pt/2011/03/in-memoriam-parar-nao-paro.html)
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial