sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

K

queda XVIII

É de bronze o semblante,
é de pedra a certeza,
o manto de ontem que faísca.
Reflectes as paredes, 
os muros que sonhaste;
as tuas mãos, 
as veias que se canalizam azuis 
- mar de espumas triunfantes -
regressam às águas mornas 
do Mesozóico,
às tremuras dos "belli".
Talvez hoje,
cavalgando as crinas do Tempo,
sejas a geração última,
o derradeiro soçobrar
de uma sombra escusa.



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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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