domingo, 12 de abril de 2009

K

soneto

Bailarina de papel,

volteias fincada

num velho burel,

em risos de nada.



Rodeias, giras, sobes.

Quem irá cinzelar,

em cisco ouro, cobre,

vórtice assim lunar?



Num hirto espaço,

tinta as tuas mãos

de grácil harmonia.


Louca, ágil, rodopia!

Corpos mortos, vãos;

sinistro, fatal passo...


(extraído do blogue em que participo GPS)


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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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