quinta-feira, 9 de abril de 2009

K

missiva... missão

Cara amiga:

Desfrutei da sua ausência.
As horas foram-se,
quase espiadas.
Fiquei quieto,
saboreando o sossegado silêncio,
sorrindo simples ao sol.
Entreabri a alma,
o coração,
partilhei vitórias,
passadas.
Amiga,
o seu partir
levou-me o vitupério,
o amargor,
a fétida bílis.
Amiga,
o chamar-lhe "amiga"
não será estranho,
paradoxo,
perfídia sarcástica?
Não:
partilhamos
o abrir das ondas,
o renascer das tílias,
o apontar da trajectória
duma qualquer lua,
da harmonia mundi.
Entre os abismos,
unimos o que nos afasta.
Isso basta.

Seu,
Jaime

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1 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

"partilhamos
o abrir das ondas,
o renascer das tílias,
o apontar da trajectória
duma qualquer lua,
da harmonia mundi.
Entre os abismos,
unimos o que nos afasta.
Isso basta." Para chamar Amiga, nada mais é preciso.
Um abraço.

segunda-feira, 13 abril, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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