terça-feira, 13 de janeiro de 2009

K

melífluos desvarios

o mel...

o mel foi sendo esquivado:

galgou ombros,

risonho, abraçou o pescoço,


subiu boca acima,


sorveu-se pela língua


(casta...),


aliou-se às lágrimas


(secas de tantos rostos enegrecidos).



(...)



A palavra,



encrespava-se num rio,




sem margem,




sem destino.




Um só nome brisava, amável,




numa candura




filha dum poente,




brilhando-lhe as costas,




ombros,




uma boca silente,




empalada em virginal anseio.



(inspirado num poema de moriana)

(imagem retirada da net)



Etiquetas:

4 Comentários:

Blogger moriana disse...

rosmaninho, o mel de rosmaninho. Sabor acre, doçura ficando no canto da boca.

:)

bj.

sábado, 17 janeiro, 2009  
Blogger Jaime A. disse...

é nos opostos que mora o sabor...

Bjs.

domingo, 18 janeiro, 2009  
Blogger Fenix disse...

Lindo...
O texto,
A dualidade...
Dos sentidos...

domingo, 18 janeiro, 2009  
Blogger Jaime A. disse...

Temos tantas dualidades a cruzarem-se connosco...
Vá aparecendo.

domingo, 18 janeiro, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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