domingo, 21 de dezembro de 2008

K

Natal do poeta

Esperarei sempre esse nascimento,

estranhamente anual,

mas todo o divino é distinto,

vário,

singular...

Nasce comigo o calor,

o aconchego

que só um Deus sabe dar.

Os homens podem virar-se as costas;

mas até as pedras gritarão

que Jesus nasceu


e que os brinquedos,

e as correrias,

e todos os vendilhões do templo,

e as luzes,

se ensombram pelo Seu fulgor .

Só o poeta,

aferrado ao verbo

que compartilha feliz,

é abraçado pelo Deus Menino,

que lhe honra as palavras.

E uma cintilação se esparsa,

suave,

amena,

por todos os lugares,

traz o esquecimento

e deixa as lembranças

das palavras simples,

brandas,

claras,

do poeta

que aquele Menino abençoou...
(imagem retirada da internet)

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4 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

a ciência e a fé que este J tão bem representa

sempre achei que ser completo mais tinha a ver com saber ser múltiplo que fechar-se num canto barricado atrás de meia dúzia de certezas

abraço amigo

Boas Festas

sexta-feira, 26 dezembro, 2008  
Blogger Graça Pires disse...

Também "Esperarei sempre esse nascimento". Um poema muito belo.
Que o Ano de 2009 seja repleto de saúde e amor e que os sonhos se concretizem. Um abraço.

segunda-feira, 29 dezembro, 2008  
Blogger Jaime A. disse...

Este Jesus multifaceado rever-se-á, talvez, no Natal dos meninos (e das meninas); mas mansamente, Pedro, mansamente: um sorriso verdadeiro, uma palavra de amor valem mais do que uma consola (eu sei que isto é um lugar-comum do caraças, mas não deixa de ser verdade...)
Um enorme abraço de amizade em que caibam todas as coisas boas de 2009.

segunda-feira, 29 dezembro, 2008  
Blogger Jaime A. disse...

E que as palavras dos poetas (como as suas) continuem a ser sempre abençoadas.
Feliz 2009. Um abraço!

segunda-feira, 29 dezembro, 2008  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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