quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

K

Para lá...

Sentou-se no lusco-fusco

entre duas pedras de maresia.

Um vento de além-vida

cobria-lhe gentilmente

os cabelos de sal.

Sentara-se ali

havia minutos;

trezentos e noventa anos antes,

uma memória vislumbrara

a nesga do porvir duma nação,

aquilo que a salvaria

de si mesma.

Um rei, um príncipe, um povo,

"uma Fé, um Império".

Sobrara o sonho, os cabelos salinos.

Um vento carregado de naus

enchia-lhe os pulmões

e o sentir,

de uma História

que lhe era tão hereditária

como a cor dos cabelos de sal.

Uma Nação fora para lá de Alexandre,

no seu regresso trouxera o esquecimento...

a que nem Alexandre fora votado.


"Malhas que o Império tece..."
(imagem retirada da net)


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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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