Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
K
Chopin, op. 9, nº 3
Esbracejei-me, sorri-vos, só as portas gargalharam desdentadas, em gonzos, tramelas e guinchos de pó velho. Um sopro de flautim virou-me os olhos, baços; p'lo meio do caos, o fosso revirado, enojadas as lamas. Em vogais, em maresia, troquei-me por um quase herói financeiro, seco, tão cheio de números viscosos.
encontrei um lugar calmo dentro da minha cabeça, encostei-me confortável dentro de mim e pus a correr o "teu" Chopin, enquanto (re)lia o teu post
é fantástica a habilidade humana para codificar o mundo personalizando-o à sua medida e para o descodificar chegando ao outro...
como nos é possível falar tantas línguas de sensibilidade com os outros? e entendê-los? decerto uma das muitas maravilhas da Criação que me mantêm um homem siderado com a beleza eventual do Mundo
Merecemos tudo isso, mais Chopin e todas as coisas que a boa parte do mundo tem para nós. Eça dizia; "A estupidez tem cabeça de toiro, há que espetá-la". Que as estupidez do mundo seja sempre sobrepujada pelo que este tem de excelente.
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)
3 Comentários:
encontrei um lugar calmo dentro da minha cabeça, encostei-me confortável dentro de mim e pus a correr o "teu" Chopin, enquanto (re)lia o teu post
é fantástica a habilidade humana para codificar o mundo personalizando-o à sua medida e para o descodificar chegando ao outro...
como nos é possível falar tantas línguas de sensibilidade com os outros? e entendê-los?
decerto uma das muitas maravilhas da Criação que me mantêm um homem siderado com a beleza eventual do Mundo
um abraço,
mais um,
meu amigo
Merecemos tudo isso, mais Chopin e todas as coisas que a boa parte do mundo tem para nós. Eça dizia; "A estupidez tem cabeça de toiro, há que espetá-la". Que as estupidez do mundo seja sempre sobrepujada pelo que este tem de excelente.
Parabéns pela obra versada e calcada em caminhos tão belos e bons. És um iluminado!! Forte Abraço!!
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