LouCura
escorrendo-se
entre sombras,
a meio dos dedos.
Entre os lírios,
vão-se esbatendo
as memórias de um Sábado;
um Sábado de missa
sem sacerdote,
fugido a Deus;
esperamos à porta,
nem o Senhor aparece.
Imóvel,
sem sonhos,
os lírios esmagados,
em sonhos
dá-nos a mão,
sorri
e enleva-nos tão alto,
naquele traço imóvel
que se estende
e se entretece
na nossa loucura...
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