sábado, 26 de maio de 2007

K

Palavras, só...



As palavras esvaem-se

fluidas,

inspiro-as

num vão tentar

de poema...


Muito longe,

tão ao longe que nem se sente,

o fluxo das palavras,

embalado por um assobio ancestral

e por uma lua amarelada,

vai-se tornando poesia,

que eu gostaria de ter,abraçada,

para, abençoado,sentir parte nela...

Mas a ancestralidade do fino assobio

mantém-me distante,

no silêncio dos deuses

esquecidos...
(inspirado num poema de Moriana)

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Gostei muito deste teu poema, quim.
"Mas a ancestralidade do fino assobio/mantém-me distante"- Não concordo!
Os deuses sopram-te e tu sentes, e é esse sentir que nos transmites nos teus poemas.
Um beijinho amigo

segunda-feira, 04 junho, 2007  
Blogger Jaime A. disse...

às vezes é também o suor na procura da inspiração, Helena.
Bjs

terça-feira, 05 junho, 2007  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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