Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
K
geografia
Já esqueci a geografia. Obliterei caminhos, rosáceas, batentes de sombras. Embrenhei-me, desenvolto, nas poeiras fumegantes, nos incensos já mortiços, nos passos rasos dos tempos de reis-faraós, césares depois, imperadores, mais tarde czares, distantes, sempre; talvez amados, sim, em algumas geografias, mas vagos, mapas em branco, tão reticentes... (Primeiramente publicado em: http://gps-poetasdomundo.blogspot.pt/) (fonte da imagem: http://shekinah-shalom.blogspot.pt/2011_02_01_archive.html)
Vamos esquecendo os caminhos... o tempo vai apagando quase tudo... Magnífico poema, gostei. Jaime, caro amigo, desejo que tenhas um excelente ano de 2014. Abraço.
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)
3 Comentários:
Belíssimo jogo de palavras em geografias tão reais quanto imaginárias...
Continuação de boas festas!
Em jeito de balanço, "passos rasos"
sem marcas definidas na indefinição dos mapas...
Um beijo
Vamos esquecendo os caminhos... o tempo vai apagando quase tudo...
Magnífico poema, gostei.
Jaime, caro amigo, desejo que tenhas um excelente ano de 2014.
Abraço.
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