terça-feira, 3 de dezembro de 2013

K

silêncio



É no silêncio da noite,
no ancoradouro dos mistérios,
que os salpicos do tempo
se depositam nas tuas mãos;
ocultos,
os tempos que te passeiam
vão desaguar na fronte 
de uma estátua, 
restos de uma identidade 
esquecida, já;
os teus passos acetinam
o chão que te envolve,
as paredes guiam a tua sombra
em nesgas de lápis-lazuli,
a luz apresenta-se 
como personagem
de uma peça por ti encenada;
chegaram os tempos 
das trevas, 
dos muros escorrendo
saliências,
das vozes de guerra,
troando,
da alegria emigrante
refugiada algures 
no vento norte...
Sobra o tempo,
e, com ele,
faz-se
e desfaz-se...

(fontes das imagens:
n/a)

Etiquetas: ,

2 Comentários:

Blogger Pérola disse...

Com o tempo as impossibilidades deixam de ter existência...ou talvez não.

Sem certezas, deixo-me embalar no balanço das tuas palavras.

beijinhos

quinta-feira, 05 dezembro, 2013  
Blogger Nilson Barcelli disse...

O tempo está em tudo, em todo o lado...
Um magnífico poema, gostei.
Jaime, tem um bom resto de semana.
Abraço.

quarta-feira, 11 dezembro, 2013  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial

"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue! Sopro Divino

eXTReMe Tracker
online