sexta-feira, 6 de maio de 2011

K

frieza

No surto ondulante do efémero,
as madrugadas transportam em si
a dor do triunfo inútil,
da lança transviada,
do escudo tardio;












há no silêncio das estrelas,
na fria quietude do Todo,
um não-sei-quê
de veludo
sinistro,
que desvia
a flecha,
a espada,
o elmo...

(fonte da imagem:
http://www.goofbutton.com/)

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1 Comentários:

Blogger Graça Pires disse...

Um escuro tardio. O silêncio das estrelas. Um não sei quê de veludo sinistro... Tudo isto envolve o poema em palavras misteriosamente belas...
Um beijo.

sexta-feira, 06 maio, 2011  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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