quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

K

queda XV













Hoje encostei-me ao meu passado,
àquilo que me enformou, formatou.
Baixei os olhos e nada vi:
os meus tempos,
sorrisos abraçados a brisas,
filmes sem realização,
nada: apenas o vácuo
entre os dois hemisférios.
Os trejeitos que a vida foi dando,
as quadrilhas, os tangos,
as mornas, os swings,
foram deixando gotejar,
sem pressas, secamente,
os pedaços desconexos, cegos,
desta marcha tonal, afónica,
a que chamas, com aparato,
(ostentação, até)
existência, estrada de redenção,
meu caro semelhante,
meu querido irmão...

(fonte da imagem:
http://blogvigiacomigo.blogspot.com/)

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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