sucessão finita
nada digo:
o tempo assalta-me de pudor
e a minha voz, frágil chicote de vento, é ancoradouro das trevas.
(comentário de maré ao meu poema 'fugas')
arvora-se-me o tempo
pelo silêncio,
o gotejar da memória
corrói-me as têmporas;
liso é o resvalar dos murmúrios,
no soturno vazio
de cascatas,
feridas
na pudica sucessão das horas...
o tempo assalta-me de pudor
e a minha voz, frágil chicote de vento, é ancoradouro das trevas.
(comentário de maré ao meu poema 'fugas')
arvora-se-me o tempo
pelo silêncio,
o gotejar da memória
corrói-me as têmporas;
liso é o resvalar dos murmúrios,
no soturno vazio
de cascatas,
feridas
na pudica sucessão das horas...
Etiquetas: tempo
publicada por Jaime A. às
22:46
4 Comentários:
Gosto das tuas inspirações e das tuas fontes...
bom ano novo. Beijos.
o tempo
memória e muro
árvore e silêncio.
um silêncio dilatado de veias...
____
cruzamento de um beijo e desejo de fabuloso ano Jaime
O silêncio. O tempo. A pudica sucessão das horas. Tudo neste poema nos diz que é o tempo que faz e desfaz a vida que nos coube.
Beijos e um ano de 2010 melhor.
Lindo, lindo, lindo!
Beijinhos e Feliz ano novo!
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