quarta-feira, 28 de outubro de 2009

K

cortadas

a beleza devora-me a alma,
vasculha-me a vida,
extrai-me a loucura,
e entredentes,
à socapa,
campeia os caminhos
de obscuridades,
tão perto dos passeios,
das almas titubeantes,
e da força da glória;
então regressa:
altiva,//dócil,//grácil,//viva...


(publicado por moriana no seu blogue
inspirado num poema de Eugénio de Andrade)

2 Comentários:

Blogger Paula Raposo disse...

Sempre inspirado, Jaime!!Beijos.

quarta-feira, 28 outubro, 2009  
Blogger maré disse...

eu diria mais:

a beleza é um corpo que arrebata
as margens da alma



_____

que bom ter regressado

quarta-feira, 28 outubro, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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