sábado, 12 de setembro de 2009

K

Sou de uma cidade

Sou de uma cidade plena,
e aberta à luz espraiada
que a beija, sorri e acena
e a encontra sempre estremunhada.

Sou de uma cidade à janela,
velha bisbilhoteira enrugada
que, sentando-se, se sente nela
abrindo-lhe os braços de madrugada.

Sou de uma cidade do sol
que a desperta sorrindo
e a quem se dá lento e mole.

Sou desta cidade que soa
a Ulisses e ao Pégaso que voa
que exclama sempre "Bem-vindo!",
sou desta cidade e chamo-lhe Lisboa!

(imagem retirada da net)
(em 29/08/1997 às 3H00)

1 Comentários:

Blogger maré disse...

sou daqui, deste templo pombalino,
desta cascata de vento como se fora asa de garça
sou a terra e a memória, um gemer de tão baixinho
que gera um cãos de emoção, em quem nela os caminhos traça.

sábado, 03 outubro, 2009  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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