Sou de uma cidade
e aberta à luz espraiada
que a beija, sorri e acena
e a encontra sempre estremunhada.
Sou de uma cidade à janela,
velha bisbilhoteira enrugada
que, sentando-se, se sente nela
abrindo-lhe os braços de madrugada.
Sou de uma cidade do sol
que a desperta sorrindo
e a quem se dá lento e mole.
Sou desta cidade que soa
a Ulisses e ao Pégaso que voa
que exclama sempre "Bem-vindo!",
sou desta cidade e chamo-lhe Lisboa!
(em 29/08/1997 às 3H00)
1 Comentários:
sou daqui, deste templo pombalino,
desta cascata de vento como se fora asa de garça
sou a terra e a memória, um gemer de tão baixinho
que gera um cãos de emoção, em quem nela os caminhos traça.
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