Dizer um poema é orar; todos os poetas são abençoados por Deus. (adapt. de Rosa Lobato de Faria)
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
K
Los niños imaginados
Niños llejanos... E no rasto que deixaram há um lago bordado a pincel, na distância louca dos pés fugidios... Pontinhos ao longe, que nos levam à quase loucura de não podermos brincar, de novo, a nossa infância matizada de passados que o não foram, e escorrem p'los nossos lábios luminosos ardentes de memória.
A nossa inf�ncia n�o nos abandona... ela � afinal uma parte de n�s... Todo o nosso ser, as nossas ac�es transpiram um pouco da nossa inf�ncia... Pudessem as nossas crian�as de hoje experienciar metade do que fez de n�s o que somos hoje. bjs
Sim, blindness, tens razão. Somos hoje porque fomos o que fomos. E sinto que ainda temos uma ternura enorme pelas crianças que vimos nos nossos retratos de outrora...
"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)
4 Comentários:
e não guardamos um só pedacinho da infância? lá muito no fundo dos nossos olhos?
:)
sim, sinto que sim, musalia. Talvez os "passados que o não foram" sejam as fantasias por realizar.
Grato por aparecer.
A nossa inf�ncia n�o nos abandona... ela � afinal uma parte de n�s...
Todo o nosso ser, as nossas ac�es transpiram um pouco da nossa inf�ncia...
Pudessem as nossas crian�as de hoje experienciar metade do que fez de n�s o que somos hoje. bjs
Sim, blindness, tens razão. Somos hoje porque fomos o que fomos.
E sinto que ainda temos uma ternura enorme pelas crianças que vimos nos nossos retratos de outrora...
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