Olhos
dos teus olhos.
Apeteceu-me o toque
dos teus olhos no meu pescoço,
nos meus ombros.
Apeteceu-me ainda mais
a carícia dos teus olhos
nos meus,
o veludo da tua íris
a passear assim,
um rasto
aterrando suavemente
por mim acima,
perdido talvez
nos sussurros das árvores,
recuando até aos deuses
que nos foram esquecendo,
na sua truculenta escapada.
Talvez hoje a brisa dos teus olhos,
o teu devoto cuidar
sejam memórias sentidas,
apenas.
(também publicado no blogue
77 palavras de Margarida Fonseca Santos)
(Fonte da imagem:
http://www.slate.com/articles/technology/future_tense/2012/03/eye_tracking_computer_programs_and_privacy_.html)
Etiquetas: a fuga e a partilha
2 Comentários:
O brilho, o carinho, a expressão de um olhar veste-nos de espanto...
Um belo poema.
P.S. Não tenho conseguido entrar nos comentários deste blogue.
Um abraço, Jaime.
A
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