sexta-feira, 20 de junho de 2014

K

em preguiça



O marulhar das ondas,
a sua cor leitosa,
morna,
fecundada pela Lua,
o fluir do tempo,
o escorregar lento,
suave como os segundos
rodopiando pelo relógio:
era assim que semicerrava 
a vida,
num ciclo sem remorso…
Ao longe,
entre os recifes,
por entre espelhos de água
contidos em si próprios,
vejo todas as cores que se cruzam,
todos os restos de ocasos 
perdidos no desvario 
urdido pelas tuas mãos.
Rege, pois, o destino por tempos mais favoráveis.
(foto do autor obtida com telemóvel) 
(publicado em 77palavras)

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1 Comentários:

Blogger vieira calado disse...

Um poema muito gentil e belo!
Um abraço!

sábado, 28 junho, 2014  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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