quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

K

Poesia, canto primeiro

 Sentiste passar a poesia?
Sentiste os seus sintagmas,
os seus nomes e pronomes?
Os seus versos, as suas quadras?


Não a sentiste?

Não ouviste os seus gritos,
os seus rogos,
os seus passos glaciais,
os seus rumores?

É a poesia que move,
que não é eco
é caminho,
que trepa muros,
arrasa dogmas,
angustia
e afaga.
É a poesia que se escreve,
que se pinta,
que despe e veste.
É a poesia,
mercado-bruto
de tristeza
e saudade 
e jornada.
É a poesia 
justiça,
dor,
rebanho de ilusões.
É a poesia 
fúria ateia,
jardim de delícias
e sevícias.
É a poesia
religião,
atalho,
fim e princípio.

É a poesia
restolho,
seara,
vida e morte.

É a poesia,
                  apenas.
(fotos do autor
obtidas com telemóvel)

Etiquetas:

5 Comentários:

Blogger Daniel C.da Silva disse...

A Poesia é "apenas".

Um gd abraço

domingo, 16 dezembro, 2012  
Blogger Rafeiro Perfumado disse...

Há pouco senti passar o carro que anda a recolher o material reciclável, agora a poesia não...

domingo, 16 dezembro, 2012  
Blogger vieira calado disse...

Olá, boa noite!
Apreciei muito este seu poema!
Na forma e no conteúdo.
Um abraço!

segunda-feira, 17 dezembro, 2012  
Blogger Daniel C.da Silva disse...

E que tenhas um FELIZ NATAL :)A com cheiro a caruma e a musgo :)

Abraço

sábado, 22 dezembro, 2012  
Blogger vieira calado disse...

Olá, de novo?
Venho expressamente desejar-lhe um Bom Natal!
Um abraço.
Um poema de Natal em
http://vieiracalado-poesia.blogspot.com

domingo, 23 dezembro, 2012  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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