sexta-feira, 21 de setembro de 2012

K

jardim






É ao entardecer:
quando as cidades
decrescem 
num movimento inverso,
quando os cheiros queimados 
parecem querer apossar-se 
do anoitecer,
é nesse tempo indefinido,
nessa pressa sem o ser,
nesses ponteiros imóveis,
que reentro,
tímido,
no meu jardim secreto,
na quietude do meu silêncio,
daquilo a que chamo "meu",
sem invasão possível.
Neste jardim
não há outrem,
nem ninguém.
No meu jardim
tenho todas as plantas,
todos os sentimentos
todas as fantasias,
todos os voos rasantes
na memória,
e nem há parede
que me possa empurrar.
O meu jardim tem as cores,
as formas,
os sons,
as fantasias,
a Verdade,
o Conhecimento e a Razão,
a Filosofia,
e tem o meu Deus,
graças Lhe sejam dadas.

O meu Jardim,
afinal,
quem será?...

(fonte da imagem:
blogue dias que voam)

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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