terça-feira, 13 de março de 2012

K

queda XXII

Quantos eus sou eu?
Olho-me,
olhos escorrendo,
deslizando,
o meu umbigo 
fixado no hoje.
Não busco muito,
o que sou serei eu;
o ontem mastigou
o meu olhar,
os meus olhos debruçaram-se
e o esquecimento voltou;
talvez,
de tanto focar-me,
se desfizesse o íngreme
gesto,
o riso demente, insano,
jogado alto
no delírio do tempo!
Ah! 
Mãos vazias,
berço luzente da madrugada,
ergam-se, fechem-se,
segurem bem alto o cabresto,
impeçam 
a fuga desalvorada,
o tomar do freio nos dentes!


(fonte da imagem:

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1 Comentários:

Blogger vieira calado disse...

Ah, pois!

Quando se toma o freio nos dentes!....

Saudações poéticas!

domingo, 18 março, 2012  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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