segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

K
A descida

Agora desço por este poço,
na espera da glória,
pois houve madrugadas que me cegaram,
caminhos que a minha mente desprezou;
agarro a corda,
agarro a vida,
em baixo não há nada,
deixo meus olhos rolarem
e a Lua insiste em tapar-se,
como odalisca, de súbito casta;
paredes empedradas
em jeito de caminhos sustidos,
em rendições plenas,
calçadas de quase-glórias.
Nem a água escura,
sentida,
me leva à plena posse do pecado...

(fonte da imagem:
http://embernardo.blogspot.com/,
poço iniciático na Quinta da Regaleira,
Sintra)

Etiquetas:

2 Comentários:

Blogger Rafeiro Perfumado disse...

Só não concordo com "em baixo não há nada". Haver há, pode é estar demasiado fundo!

Abraço!

segunda-feira, 17 janeiro, 2011  
Blogger Graça Pires disse...

O fascínio do abismo!
Um beijo.

terça-feira, 18 janeiro, 2011  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial

"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue! Sopro Divino

eXTReMe Tracker
online