terça-feira, 22 de junho de 2010

K

aguarela

agora era o tempo das cerejas,
das cores rubras ao sol,
do cheiro acre das folhas tenras,
dos bagos de suor brilhando,
das bagas em nesgas de luz;

talvez a Primavera
desse a mão ao Estio,
em jeito de searas prenhas,
já inchadas de papoilas;

o regato não restolhava,
não limava já as margens,
as canas dobradas à sede;

o Verão não buscava o Outono
[afinal];

(...) tão breve
o tempo da demora...

(fonte da imagem:
http://blogdapraceta.blogspot.com/)

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2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

tu és de RG? seguinte...estive pensando em organizar algum tipo de Sarau Aberto...seria uma reunião em um local pré-programado, aberto ao público e a todos os poetas que quiserem participar, para apresentação de trabalhos...cada poeta poderia apresentar três poesias...algo desse tipo...que achas? participarias? abraços.

quarta-feira, 23 junho, 2010  
Blogger maré disse...

o tempo a ser instante
no deslumbramento das papoilas

agora que a sede se implanta
e a terra
rente ao sol
geme
prenhe de luz

__

beijo Jaime

sábado, 26 junho, 2010  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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