sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
K"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."
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Naguib Mahfouz, romancista egípcio, na mensagem que enviou, em 1988, à Academia Real Sueca a agradecer o Prémio Nobel da Literatura, o único a ser atribuído até à data, a um escritor árabe
(cit. em "Dicionário do Islão", Margarida Lopes, ed. Notícias)
6 Comentários:
O amor, quando não é obcessão, deixa uma lembrança quente... por vezes essa lembrança pode apertar ligeiramente o coração, mas se fosse assim tão mau já viviamos de portas fechadas para o mundo há muito...
Querida blindness:
O amor até pode acabar "por acabar", deixar uma lembrança que se esfuma; outras relações, por serem menos "exclusivistas", tenderão a perdurar mais. Na sua volatilidade e posse é que o amor se perde. Que achas?
Beijos
Mas quem somos nós se, num qualquer momento da nossa vida, não tivémos alguém que nos achasse seu e a quem nós achámos nosso?
Essa exclusividade... esse é o fim, as relações não devem ser exclusivas, não podemos ser exclusivamente filhos, irmãos, namorados, a nossa vida é um interlaçado de relações, umas mais próximas que outras mas nenhuma delas deve ser exclusiva, somos afinal de contas um ser social, sedento de relações com os outros...
Penso que esse é o toque a finados do amor: "tu és meu, tu és minha". Não pertencemos a ninguém e quem se lembra disso? Na sofreguidão do amor, a "propriedade" causa mazelas profundas, porque não sabemos mover-nos na liberdade que é nossa, por dever desta relação. Que resta então? Não sei.
PS - adoro os teus comentários. Incentivam-me à descoberta da palavra, da ideia.
És sempre muito bem-vinda.
Um beijinho
ai o amor...tanto ja se disse e tão pouco fertilizou.
Bonito...parabens!
O amor só fertiliza quando realmente existe. E isso quando será?
Grato pela tua visita e comentário.
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