quinta-feira, 22 de junho de 2006

K

Pétrea manhã

Talvez ficasse esperando,
sentado numa pedra,
ao fresco sol da manhã.
Brisando o ar,
minh'alma expectante,
meu sorriso guardado.
Talvez lembrasse,
tempos.
Tempos de risos,
risos garotos,
sem mal,
apenas risos.
Sopra o vento,
sentado,o horizonte chama-me,
deliciado, talvez.
Entre as frestas,
vejo uma cálida memória,
quase anciã,
uma memória tão vaga,
como as vagas de um lago,
estacado no tempo.
Dói-me a pedra sob mim.
Há uma rocha
sobre a minha fronte,
gelada,pétrea.
Afila-se o olhar...nada vê,
tudo imóvel,
naquela manhã,
tão queda,
tão lerda,
suave,
bêbeda de si.

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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