quarta-feira, 21 de junho de 2006

K

Corpo

Brisa-se um sol.
Longa madrugada,
espreguiça-se
suave pela areia,
morna de ti.
O teu corpo estende-se,
espraia-se por mim todo,
sinto-te em mágoas,
em cheiros,
em tudo o que é teu.
Meu é o céu
que nos aguarda.
Teu olhar,
que me despe
impiedoso.
Tua pele que me rodeia,
teu ar,
sons,
nós...

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Este teu poema é mesmo um "sopro divino" como divina é a entrega entre dois seres que se amam.esse "nós" representa bem a totalidade.
Um abraço

quarta-feira, 21 junho, 2006  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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