sexta-feira, 5 de maio de 2006

K

Para quando?

Para quando os ideais?
Para quando o crer?
Para quando o sacudir
dos olhos mornos, mortiços,
embaçados?…

A poeira desce;
encerra-nos, cobre-nos,
deixamo-la escorrer por nós,
pelo alento,
que há muito nos morre
sem o sabermos.
Há a força de não acreditar,
de não fazer,
de não subir os penhascos rudes, inquisitivos…
apenas o olhar para trás,
para a pegajosa, oblíqua poeira
que, dormente,
nos esquece os ideais, o acreditar…

Portugal ainda se não cumpre…

2 Comentários:

Blogger ProfessorGeolouco disse...

Não sei o que será pior:

O não se cumprir

ou

o que parece cada vez mais certo, o ficar por se cumprir.

terça-feira, 09 maio, 2006  
Blogger Quid Iuris? disse...

os cientistas dizem que as pessoas que vivem no centro das catástrofes, os que estão no olho do furacão, nunca se apercebem da dimensão do fenómeno que está a acontecer à sua volta.

os historiadores dizem que as pessoas que vivem no tempo das grandes revoluções que mudaram o mundo, nunca se apercebem da dimensão do acontecimento que estão a viver e a mover.

é com isso que estou a contar.

que o nosso tempo seja para os que vierem depois de nós, alguma coisa diferente que afinal deu origem a algo ... melhor.

a história, a História! faz-se de pequenos movimentos individuais que empurram as rodas dentadas do universo. cada um faça o seu.

terça-feira, 16 maio, 2006  

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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