quarta-feira, 23 de maio de 2012

K

baú


Era um polvo com cinco tentáculos,
mais parecia uma estrela-do-mar.
Era uma expressão zangada
que um loiro falso ostentava.
Era um carro de Fórmula 1
incompleto e roliço.
Era um dragão azul
com uma loira falsa a cavalo.
Era uma bola velha
pintalgada de chutos e manha.
Era assim aquele baú
quando lhe abríamos a tampa;
e, de todos os baús do sótão,
era aquele que não precisava
de etiqueta ou marca:
a sua luz viva brilhava
com um jeito cristalino,
um sorriso que encantava
a doce infância sem tino!

(fonte da imagem:

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"[...] Apesar de tudo o que se passa à nossa volta, sou optimista até ao fim. Não digo como Kant que o Bem sairá vitorioso no outro mundo. O Bem é uma vitória que se alcança todos os dias. Até pode ser que o Mal seja mais fraco do que imaginamos. À nossa frente está uma prova indelével: se a vitória não estivesse sempre do lado do Bem, como é que hordas de massas humanas teriam enfrentado monstros e insectos, desastres naturais, medo e egoísmo, para crescerem e se multiplicarem? Não teriam sido capazes de formar nações, de se excederem em criatividade e invenção, de conquistar o espaço e de declarar os direitos humanos. A verdade é que o Mal é muito mais barulhento e tumultuoso, e que o homem se lembra mais da dor do que do prazer."

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